terça-feira, 5 de maio de 2009

Cátaros & Valdenses




Cátaros - Puro

Se arrogaron este nombre varias sectas de herejes, en especial los apotácticos ó renunciantes, que eran una hijuela de los encratitas. Algunos montanistas se engalanaron después con el nombre de cátaros para testificar que no tenian parte en el delito de los negaban la fé en los tormentos, y que al contrario rehusaban admitirlos á penitencia; severidad injusta y extremada. Para justificarla negaban que la iglesia tuviese potestad de perdonar los pecados. Llevaban túnicas blancas para mostrar según dician la pureza de su conciencia por la blancura de su vestido.

Novaciano acusado de mismo error que los montanistas dió tambien el mismo nombre á su secta, y algunos antiguos no la llaman cátaros diferentes sectas de herejes que metieron ruido en el siglo duodécimo; los albigenses, los valdedenses, los patarinos, los cotarelos y otros, descendientes de los enricianos, de Marsilio, de Tendemio, etc.

Fueron condenados en el tercer concilio lateranense celebrado el año 1179 bajo el pontificado de Alejandro III, Por último los puritanos de Inglaterra adoptaron tambien el mismo nombre.

Comunmente los herejes han seducido á la gente sencilla y han ganado partidarios cubriendose con la máscara de reforma y de virtud; pero una regularidad afectada que tiene por fundamento el espíritu de rebelion y de pertinacia, no dura mucho por lo ordinario: muchas veces no es mas que un velo para ocultar verdaderos desórdenes; y cuando eran débiles.

Tantos ejemplos de esta hipocresía repetidos desde la fundacion de la iglesia debieran haber desengañado á los pueblos; pero estos siempre son propensos á caer en el mismo lazo. [1]


El sistema de los cátaros fue un ataque simultáneo para la Iglesia Católica y para el Estado. La Iglesia fue directamente asaltada en su doctrina y jerarquía. Aspectos que erosionaron las bases del Estado Cristiano fueron la negación del valor de los votos, y la supresión, al menos en teoría, del derecho a castigo. Pero el peligro más grande del triunfo de los principios heréticos hubiese significado la extinción de la raza humana.

La aniquilación fue la consecuencia directa de la doctrina catarista, que toda comunicación entre los sexos debe ser evitada y que el suicidio, o endura, bajo ciertas circusntancias son legales sino loables. La indicación de escritores como Charles Molinier, que las enseñanzas sobre el matrimonio de los cátaros y los católicos son similares, es una errónea interpretación de la doctrina y la práctica de la doctrina católica.

Entre los católicos, se prohibe que el sacerdote llegue a casarse, pero los devotos pueden tener la felicidad eterna en el estado de casados. Para los cátaros, ninguna salvación fue posible sin haber renunciado previamente al matrimonio.

El señor H.C. Lea, de quien no se puede sospechar que tenga palabras parcializadas por la Iglesia Católica, escribe: “Sin embargo por mucho que desaprobemos los medios usados (por el catarismo) y tengamos compasión por quienes sufrieron por consciencia, no podemos dejar de admitir que la ortodoxia fue en este caso, causa de progreso y civilización. Si el catarismo hubiese llegado a ser dominante, o aún se le hubiese permitido existir en términos equitativos, su influencia no hubiera fallado en cuanto a probar el ser desastrosa” [2]


No antigo Direito Romano, o juiz não empreendia a procura dos criminosos; só procedia ao julgamento depois que Ihe fosse apresentada a denúncia. Até a Alta ldade Média, o mesmo se deu na Igreja; a autoridade eclesiástica não procedia contra os delitos se estes não Ihe fossem previamente apresentados. No decorrer dos tempos, porém, esta praxe mostrou´se insuficiente. Além disto, no séc. XI apareceu na Europa nova forma de delito religioso, isto é, uma heresia fanática e revolucionária, como não houvera até então: o catarismo (do grego katharós, puro) ou o movimento dos albigenses (de Albi, cidade da França meridional, onde os hereges tinham seu foco principal).Considerando a matéria por si os cátaros rejeitavam não somente a face visível da lgreja, mas também instituições básicas da vida civil ´ o matrimônio, a autoridade governamental, o serviço militar ´ e enalteciam o suicídio. Destarte constituiam grave ameaça não somente para a fé cristã, mas também para a vida pública; ver capítulo 29. Em bandos fanáticos, às vezes apoiados por nobres senhores, os cátaros provocavam tumultos, ataques às igrejas, etc., por todo o decorrer do séc. XI até 1150 aproximadamente, na França, na Alemanha, nos Países´Baixos...

O povo, com a sua espontaneidade, e a autoridade civil se encarregavam de os reprimir com violência: não raro o poder régio da França, por iniciativa própria e a contra´gosto dos bispos, condenou à morte pregadores albigenses, visto que solapavam os fundamentos da ordem constituída. Foi o que se deu, por exemplo, em Orleães (1017), onde o rei Roberto, informado de um surto de heresia na cidade, compareceu pessoalmente, procedeu ao exame dos hereges e os mandou lançar ao fogo; a causa da civilização e da ordem pública se identificava com a fé!

Entrementes a autoridade eclesiástica limitava´se a impor penas espirituais (excomunhão, interdito, etc.) aos albigenses, pois até então nenhuma das muitas heresias conhecidas havia sido combatida por violência física; S. Agostinho (†430) e antigos bispos, S. Bernardo († 1154), S. Norberto († 1134) e outros mestres medievais eram contrários ao uso da forma (“Sejam os hereges conquistados não pelas armas, mas pelos argumentos”, admoestava São Bernardo, In Cant, serm. 64).

Não são casos isolados os seguintes: em 1144 na cidade de Lião o povo quis punir violentamente um grupo de inovadores que aí se introduzira: o clero, porém, os salvou, desejando a sua conversão, e não a sua morte.

Em 1077 um herege professou seus erros diante do bispo de Cambraia; a multidão de populares lançou´se então sobre ele, sem esperar o julgamento, encerrando´o numa cabana, a qual atearam o fogo! Contudo em meados do século XII a aparente indiferença do clero se mostrou insustentável: os magistrados e o povo exigiam colaboração mais direta na repressão do catarismo.

Muito significativo, por exemplo, é o episódio seguinte: o Papa Alexandre III, em 1162, escreveu ao arcebispo de Reims e ao Conde de Flândria, em cujo território os cátaros provocavam desordens: “Mais vale absolver culpados do que, por excessiva severidade, atacar a vida de inocentes.. A mansidão mais convém aos homens da Igreja do que a dureza.. Não queiras ser justo demais (noli nimium esse iustus)” [3]


"Os cátaros tinham um ódio especial não só pela cruz, que julgavam blasfema por representar o sofrimento da divindade, mas também pela missa, que consideravam sacrílega por afirmar que na consagração o pão se tornava a carne de Cristo. Em vez de viverem pacificamente lado a lado com os cristãos, eles não hesitavam em sua ambição de destruir a Igreja: em 1207, os cátaros de Carcassonne expulsaram o bispo católico da cidade."

(...)"Os juramentos, que os cátaros condenavam, eram os alicerces sobre os quais se baseava toda a estrutura da sociedade feudal. A apostasia levaria à anarquia e solaparia as instituições humanas mais fundamentais." [4]


Sobre a fábula dos Templários não participarem das cruzadas contra os Cátaros por estarem do seu lado, escreve Read:

Os templários haviam lutado com Pedro II em Lãs Navas de Tolosa, mas "todos respeitaram incondicionalmente seus deveres para com o papa e a Igreja. (...) A fidelidade dos cavaleiros do Templo a Simão de Montfort e aos cruzados jamais diminuiu":"' em 1215, encontramos Simão hospedado na casa dos templários fora de Montpellier. Contudo, parece ter sido aceito que o principal compromisso dos templários era com a guerra contra o Islã no Oriente; com certeza, o papa Inocêncio III não fez nenhuma tentativa de recrutá-los contra os cátaros, e a criação em 1221 por Conrado de Urach da Milícia da Fé de Jesus Cristo, uma ordem moldada no Templo, parecia confirmar isso. Foi possivelmente como vassalos do rei da França que eles estavam com o príncipe Luís na tomada de Marmande, na primavera de 1219, testemunhas, se não participantes, da chacina dos habitantes da cidade. Em 1126, o rei Luís VIII da França, ao sitiar Avignon, investiu de plenos poderes em sua ausência um cavaleiro do Templo, o irmão Everardo, enviando-o a Saint-Antonin para aceitar a rendição da cidade. [5]

(...)Para, por outra parte, se fazer um juízo reto acerca das formalidades e procedimento da Inquisição medieval é mister saber-se contra que espécie de gente ela tinha que haver-se, para assim usar de uns rigores até então desusados nos tribunais eclesiásticos. Houve de, com efeito, os empregar contra os cátaros, sectários ferozes, que renovavam o dualismo dos maniqueus, e que, como estes, admitiam um eterno antagonismo entre o bem e o mal, e que por isso abalavam não só os dogmas e a moral da Igreja, mas também com a mesma paixão e furor arruinavam a ordem social. Era o catarismo uma heresia radical e juntamente uma revolução também radical. Pelos seus anátemas insensatos contra a matéria e a carne, emanações do Mal, condenava toda a propriedade, rejeitava o matrimônio e rematava em puro e execrando pessimismo. Para se poder compreender o perigo social, que esta heresia, grandemente contagiosa, consigo trazia, bastará aduzir aqui o testemunho de um historiador que, não há muito, ousou apresentar-se como apologista dele, Henrique Carlos Lea. Confessamos, afirma ele, que em tais circunstâncias a causa da ortodoxia e a da civilização e progresso iam a par uma com a outra. Não há dúvida que, se o catarismo chegasse a dominar ou mesmo só a ombrear com o catolicismo, a sua influência houvera sido desastrosa. Não menos significativo é o parecer de um escritor, que nem por sombra ousaríamos equipar àquele infeliz polemista americano, mas que também não pode ser suspeito de parcialidade para com a Igreja. Nem sempre, diz este escritor, Paulo Sabatier, o Papado esteve ao lado da reação e do obscurantismo; quando ele, por exemplo, deu cabo dos cátaros, a vitória dela foi a vitória do bom senso e da razão. [6]


Acusação contra os Valdenses (1254)


Primero Ellos dicen que la Iglesia Romana, no es la Iglesia de Jesucristo, sino una iglesia de malignos y que apostató bajo Silvestre, cuando el veneno de las temporalidades se infundió en ella. Y ellos dicen que son la iglesia de Cristo, porque ellos observan en palabra, y en hechos, la doctrina de Cristo, del Evangelio, y de los Apóstoles.

Su segundo error es afirmar que todos vicios y los pecados están en la iglesia, y que sólo ellos viven justamente.
Que escasamente alguno en la iglesia, aparte de ellos mismos, preserva la doctrina evangélica.
Que ellos son los verdaderos pobres en espíritu, y sufren la persecución por la justicia y la fe.
Que ellos son la Iglesia de Jesucristo.
Que la Iglesia de Roma es la Ramera del Apocalipsis, por motivo de su decoración superflua que la Iglesia Oriental no toma en cuenta.
Que ellos desprecian todos los estatutos de la Iglesia, porque son pesados y numerosos.
Que el Papa es la cabeza de todos los errores.
Que los Prelados son Escribas; y los Monjes, Fariseos.
Que el Papa y todos Obispos son homicidas por motivo de las guerras.
Que no se debe obedecer a los Prelados; sino sólo a Dios.
Que ninguno es mayor que otro en la Iglesia. Matt. 23. "Todos vosotros sois hermanos."
Que nadie debe doblar la rodilla ante un sacerdote. Apoc. ii. donde el ángel dice a Juan "Mira, no lo hagas."

Que no se deben dar diezmos, porque los primeros frutos no fueron dados a la iglesia.
Que el clero no debe tener posesiones; Deut. xviii. "Los sacerdotes y toda la tribu de Leví, no tendrán parte ni herencia con el pueblo de Israel, porque ellos comen los sacrificios, y no recibirán nada más."
Que el clero, y los monjes no deben tener prebendas.
Que los Obispos y los Abades no deben tener derechos reales.
Que la tierra y la gente no debe ser dividida en partes.
Que es cosa mala fundar y dotar a iglesias y monasterios.
Que tampoco se deben hacer testamentos a favor de Iglesias, que nadie debe ser arrendatario de la Iglesia; ellos también condenan a todo el clero por ociosidad, diciendo que ellos debieran trabajar con sus manos como los Apóstoles lo hicieron; también reprueban los títulos de dignidad tales como Papa, Obispos, etc.; también afirman que nadie debe ser forzado a creer; tampoco toman en cuenta los cargos Eclesiásticos; tampoco respetan los privilegios eclesiásticos; también desprecian la inmunidad de la Iglesia y de las personas y cosas eclesiásticas; también condenan los Concilios, los Sínodos, y las Asambleas; también dicen que todos los derechos parroquiales son un invento; también dicen que las órdenes monacales son tradiciones de Fariseos.

En segundo lugar, ellos condenan todos los Sacramentos de la Iglesia; en primer lugar, en cuanto al bautismo, ellos dicen que el Catequismo no es nada - también, que la ablución dada a infantes en nada aprovecha....
También condenan el sacramento del Matrimonio, diciendo que las personas casadas pecan mortalmente si se llegan el uno al otro sin la esperanza de progenitura; tampoco otorgan importancia alguna a la compaternidad; también desprecian los grados de afinidad, carnal y espiritual, y los estorbos de órdenes y de la decencia pública, y las prohibiciones eclesiásticas; también dicen que una mujer después de haber dado a luz no requiere bendición ni introducción; también dicen que la Iglesia ha errado al prohibir el matrimonio del Clero, puesto que aun los de la Iglesia Oriental se casan; también dicen que el continente no peca en besos y abrazos.

Reprueban el sacramento de la unción porque sólo es dado al rico; y porque se requieren varios sacerdotes para ello; también dicen que el sacramento de Órdenes nada es; también dicen todo laico bueno es un sacerdote, siendo que los Apóstoles eran laicos; también que la oración de un sacerdote malo en nada aprovecha; también se mofan de la tonsura del clero; también afirman que el orar en Latín en nada aprovecha al vulgo; también hacen burla de que personas ilegítimas y pecadores malvados sean elevados a puestos de eminencia en la iglesia; también afirman que todo laico, incluso las mujeres, debe predicar, 1. Cor. xiv. "Quisiera que hablaseis en lenguas, para que la iglesia reciba edificación"; también toda cosa predicada que no pueda ser probada con el texto de Escritura. ellos consideran como fabulosa....

... También afirman que la doctrina de Cristo y los Apóstoles es suficiente para la salvación sin los estatutos de la iglesia; que la tradición de la iglesia es la tradición de los Fariseos; y que se hace más de la infracción de una tradición humana que la de una ley divina. Matt. xv. "¿Por qué también vosotros quebrantáis el mandamiento de Dios por vuestra tradición?" También rechazan el sentido místico en las Sagradas Escrituras, principalmente en lo referente a los dichos y hechos entregados a la Iglesia por la tradición; como que el gallo sobre la torre representa a un doctor. [7]

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Os valdenses passaram a professar ainda outros artigos de fé e moral que os foram caracterizando como dissidentes do Catolicismo; assim a recusa de sufrágios pelos falecidos, proibição do serviço militar, rejeição da obediência às autoridades eclesiásticas sob a alegação de que estas não viviam como os Apóstolos, repudio de qualquer forma de juramento, a mentira considerada sempre como pecado grave, direito dos leigos (homens e mulheres) de pregar, abolição do sacerdócio ministerial ou ordenado… Os valdenses se tornaram hostis à Igreja Católica, arrogando a si o título de verdadeira Igreja de Cristo; atribuíam valor especial à oração silenciosa realizada fora da Igreja. [8]

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[1] Diccionario de las herejias, errores y cismas
Tomo III - Pág. 20-21 Madrid, 1850

[2] Véase Lea, Inquisition, I, 106

[3] D. Estevão Bettencourt, OSB.

[4] Piers Paul Read, Os Templários, 207

[5] Piers Paul Read, Os Templários, 212

[6] Guiraud, na Vie de S. François d'Assise, demonstrou para os valdenses, para os fraticelos, para os hussitas e para os lollardos o mesmo que Sabatier demonstrou para os cátaros. Se o rol dos sectários queimados ou emparedados se riscassem os sectários que foram condenados como perturbadores da ordem pública e como malfeitores contra o direito comum, ficaria o número dos condenados por heresia reduzido a um pequeno número. Vacandard, L'Inquisition [SJ, Pe W Devivier. Apostolado Veritatis Splendor: A HISTÓRIA DA INQUISIÇÃO. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/3340. Desde 10/10/2005.]

[7] De Reinerius Saccho, "De las Sectas de Herejes Modernos" (1254), traducido en Historia de los Albigenses y Valdenses, por S. R. Maitland (Londres: C. J. G. and F. Rivington, 1832), págs. 407-413. Este texto forma parte del Libro de fuente medieval de Internet. El Libro de fuente es una colección de textos del dominio público y de copia permitida relacionados a la historia medieval y Bizantina. Salvo indicación contraria, este la forma específica de documento electrónico está amparada bajo derechos de autor. Se otorga permiso para hacer copias electrónicas, su distribución en forma impresa para fines educativos y uso personal. Si se reduplica el documento, indique la fuente. No se otorga permiso alguno para usos comerciales. © Enrique Chi — Traducido al castellano de la versión en inglés. 

Reinarius Saccho http://www.ricardocosta.com/textos/valdense.htm 


[8] Fonte: Revista Pergunte e Responderemos nº 528, junho/2006.

https://www.veritatis.com.br/os-valdenses-quem-sao/

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