quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Santa Teresinha do Menino Jesus, Espírito Cruzado

Santa Teresinha do Menino Jesus, Espírito Cruzado

"Com que alegria, no tempo das cruzadas, teria partido para combater os hereges"

Fonte: Rev. Catolicismo

Imagem retirada do blog As cruzadas

Santa Teresinha do Menino Jesus, que desejava passar o Céu fazendo o bem na Terra, não tinha uma alma débil, desprovida de personalidade e força de caráter, que fugia do sofrimento e da luta. Se assim o fosse, não teria sido elevada às honras dos altares, nem teria sido apresentada ao mundo católico como "uma nova Joana d'Arc" pelo Papa Pio XI (a 18 de maio de 1925).

É muito oportuno e mesmo necessário, pois, considerarmos este aspecto de sua alma, freqüentemente esquecido ou falseado em imagens e santinhos, onde ela aparece com a fisionomia impregnada por um adocicamento sentimental e romântico, totalmente inexistente em sua forte e marcante personalidade.

Vejamos algumas de suas afirmações que refletem o espírito de cruzado que animava a Santa da chuva de rosas:

"Na minha infância sonhei lutar nos campos de batalha. Quando comecei a aprender a História da França, o relato dos feitos de Joana d'Arc me encantava; sentia em meu coração o desejo e a coragem de imitá-los" (1).

"Adormeci por alguns instantes -- contava ela à Madre Inês -- durante a oração. Sonhei que faltavam soldados para uma guerra contra os prussianos. Vós dissestes: É preciso mandar a Irmã Teresa do Menino Jesus. Respondi que estava de acordo, mas que preferia ir para uma guerra santa. Afinal, parti assim mesmo. Oh! não, eu não temeria ir à guerra. Com que alegria, por exemplo, no tempo das cruzadas, teria partido para combater os hereges. Sim! Eu não temeria levar um tiro, não temeria o fogo!" (2)

"Lançando-me na arena

Não temerei ferro nem fôgo ....

Sorrindo enfrento a metralha ....

Cantando morrerei, no campo de batalha

As armas à mão", bradava ela (3).

"Quando penso que morro numa cama! Como desejaria morrer numa arena!" (4)

"A santidade! É preciso conquistá-la à ponta da espada. .... É preciso combater!" (5)


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Notas:

1) Lettres de Sainte Thérèse de l'Enfant-Jésus, Carta ao Abbé Bellière, Office Central de Lisieux, 1948.

2) Carnet Jaune, 4.8.6 -- in Derniers entretiens, Éditions du Centenaire, Desclée de Brouwer-Éditions du Cerf, Paris, 1971.

3) Mes Armes -- Poésies, Édition du Centénaire, Cerf-Desclée de Brouwer, Paris, 1992 (Carnet jaune, Mère Agnès de Jésus, 4 de agosto).

4) Summarium [do Processo de Beatificação e Canonização], depoimento de Celina, 2753.

5) Correspondance Générale, Éditions du Cerf-Desclée de Brouwer, Paris, 1972, t. I (1877-1890), Carta (­­nº 89) a Celina, de 26 de abril de 1889. E Lettres de Sainte Thérèse de l'Enfant Jésus, Carta a Leônia, de 20 de maio de 1894.

http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?idmat=0389886A-3048-560B-1C1607BEED31F63A&mes=Setembro1997


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Biografia


"Não quero ser Santa pela metade, escolho tudo".



Nasceu em 1873, em Alençon, França. Entrou adolescente para o Mosteiro das Carmelitas de Lisieux, com apenas 15 anos, onde se distinguiu particularmente pela humildade, simplicidade evangélica e confiança em Deus e, estas virtudes ensinou-as às noviças, com seu exemplo e palavras.

Morreu no dia 30 de setembro de 1897, oferecendo sua vida pela salvação das almas, a santificação dos sacerdotes e a expansão da Igreja.
Foi beatificada pelo Papa Pio XI, em 29 de abril de 1923, que fez dela a “estrela de seu pontificado”.

Canonizada por Pio XI, em 17 de maio de 1925. E pelo mesmo Papa proclamada Padroeira das Missões em 14 de dezembro de 1927.
O Papa João Paulo II proclamou-a Doutora da Igreja no dia 19 de outubro de 1997.

Santa Teresinha, aparentemente pequena aos olhos das criaturas, mas que trazia em si uma alma de gigante. Podemos defini-la como a “Pequena Gigante”.




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http://www.carmelosaojose.com.br/santateresinha.php