Príncipes do Brasil na Ordem de Malta
O Chefe da Casa Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança, e seu irmão, o Príncipe Imperial Dom Bertrand, ingressaram nessa heróica Ordem de Cavalaria, recebendo as mais elevadas insígnias
Fonte: Revista Catolicismo
http://www.catolicismo.com.br/materia/ma
O saudoso Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, neto da Princesa Isabel e Chefe da Casa Imperial do Brasil, costumava dizer a seus filhos que as monarquias decaíram quando os reis e os príncipes deixaram de estar na primeira linha dos campos de batalha na defesa de seus povos. Parte integrante desse espírito de combatividade deveria ser, segundo ele, a admiração pelas Ordens de Cavalaria cristãs. Dom Pedro Henrique era, ele mesmo, cavaleiro de Malta, no seu grau honorífico mais alto, o de Bailio Grã-Cruz de Honra e Devoção.
Nessa perspectiva, ele encaminhou seus filhos Dom Luiz e Dom Bertrand, quando ainda muito jovens, para o "grupo de Catolicismo", que viria a constituir, a partir de 1960, a TFP. Dom Pedro Henrique considerava a TFP o grande baluarte, no Brasil, contra o comunismo e as demais forças desagregadoras da Civilização Cristã. Quando seu amigo de infância, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, escreveu o ensaio Revolução e Contra-Revolução, que viria a se constituir no livro de cabeceira dos membros da TFP espalhados pelos cinco continentes, foi Dom Pedro Henrique quem escreveu o prefácio para a edição francesa da obra.
Chegada dos Príncipes ao Palácio Magistral de Malta. Dom Luiz é cumprimentado pelo Mestre de Cerimônias, Príncipe Boncompagni Ludovisi, observado pelo Marquês Coda Nunziante. Atrás deste o huissier da Ordem. À esquerda, Dom Bertrand
Insígnias da Ordem no grau honorífico mais elevado
Seguindo mais uma vez o exemplo de seu pai, os príncipes Dom Luiz e Dom Bertrand ingressaram recentemente na Soberana Ordem Militar do Hospital de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, no mesmo grau de Bailio Grã-Cruz de Honra e Devoção.
O Grão-Mestre da Ordem de Malta, Sua Alteza Eminentíssima Fra Andrew Bertie, quis pessoalmente impor ao Chefe da Casa Imperial do Brasil, o Príncipe Dom Luiz, e a seu irmão, o Príncipe Imperial Dom Bertrand, as insígnias da Ordem. Com essa finalidade, convidou-os para uma solene cerimônia, seguida de almoço, no Palácio Magistral de Malta, em Roma, a realizar-se no dia 30 de outubro.
Precisamente às 13 horas desse dia, o automóvel dos príncipes entrava no cortile do magnífico palácio da Via Condotti. Esse palácio havia sido a sede da Embaixada da Ordem de Malta junto à Santa Sé. Após a perda da ilha de Malta em 1798, quando as tropas revolucionárias francesas, sob o comando de Napoleão Bonaparte, derrotaram os outrora gloriosos defensores da Cristandade contra o inimigo muçulmano, os cavaleiros passaram por inúmeras vicissitudes. Pouco a pouco sua situação foi se normalizando, até o momento em que a Ordem pôde estabelecer, com o apoio dos Papas, seu grande magistério na Cidade Eterna. A partir desse momento, o palácio da Via Condotti passou a ser a sede principal da Ordem.
Dom Luiz, após receber as insígnias da Ordem, dirige ao Grão-Mestre palavras de agradecimentos
Acompanhados do Marquês Luigi Coda Nunziante e de Mario Navarro da Costa, os príncipes foram recebidos pelo Mestre de Cerimônias do Grande Magistério, o Príncipe Paolo Boncompagni Ludovisi. Após uma conversa privada com o Grão-Mestre, Suas Altezas Imperiais e Reais foram convidadas por ele para dirigir-se ao Salão de Cerimônias. Nos esplendores barrocos desse magnífico salão, Fra Andrew Bertie, após cordiais palavras de elogio à militância católica dos príncipes, lhes impôs as insígnias da Ordem e lhes entregou a Bula e o Diploma de Bailio Grã-Cruz. A seguir, Dom Luiz, em seu nome e no de seu irmão, agradeceu a honraria concedida e externou sua admiração pela epopéia gloriosa da Ordem de Malta em defesa da Cristandade, ao longo de 10 séculos. Pediu a intercessão de Nossa Senhora, Padroeira da Ordem, e do Beato Gerardo, seu glorioso fundador, para a continuação, nas circunstâncias de nossos dias, da obra dessa benemérita instituição.
Estavam presentes à cerimônia o Grão-Comendador da Ordem, Fra Ludwig Hoffmann von Rumerstein, além de vários outros membros do Soberano Conselho, bem como Sua Exa. Revma. o Arcebispo Angelo Acerbi, Prelado da Ordem de Malta. Uma presença que muito tocou os príncipes foi a do Embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Oto Agripino Maia, que também exerce as funções de Embaixador do Brasil junto à Ordem. Nosso País, com efeito, é um dos muitos a manter relações diplomáticas com a Ordem Soberana, que é considerada sujeito de direito internacional. Além do Palácio Magistral e de Villa Malta, no Monte Aventino, em Roma, que gozam de extra-territorialidade, a Ordem possui também, com esse mesmo privilégio, o Castelo de Sant'Angelo, na ilha de Malta.
Fra Andrew Bertie coloca a insígnia de Bailio Grã-Cruz de Honra e Devoção em Dom Bertrand. Ao fundo, o embaixador do Brasil junto à Ordem, Oto Maia, e Mário Navarro da Costa
Recepção em meio a esplendores barrocos
Acompanhados do Marquês Luigi Coda Nunziante e de Mario Navarro da Costa, os príncipes foram recebidos pelo Mestre de Cerimônias do Grande Magistério, o Príncipe Paolo Boncompagni Ludovisi. Após uma conversa privada com o Grão-Mestre, Suas Altezas Imperiais e Reais foram convidadas por ele para dirigir-se ao Salão de Cerimônias. Nos esplendores barrocos desse magnífico salão, Fra Andrew Bertie, após cordiais palavras de elogio à militância católica dos príncipes, lhes impôs as insígnias da Ordem e lhes entregou a Bula e o Diploma de Bailio Grã-Cruz. A seguir, Dom Luiz, em seu nome e no de seu irmão, agradeceu a honraria concedida e externou sua admiração pela epopéia gloriosa da Ordem de Malta em defesa da Cristandade, ao longo de 10 séculos. Pediu a intercessão de Nossa Senhora, Padroeira da Ordem, e do Beato Gerardo, seu glorioso fundador, para a continuação, nas circunstâncias de nossos dias, da obra dessa benemérita instituição.
Estavam presentes à cerimônia o Grão-Comendador da Ordem, Fra Ludwig Hoffmann von Rumerstein, além de vários outros membros do Soberano Conselho, bem como Sua Exa. Revma. o Arcebispo Angelo Acerbi, Prelado da Ordem de Malta. Uma presença que muito tocou os príncipes foi a do Embaixador do Brasil junto à Santa Sé, Oto Agripino Maia, que também exerce as funções de Embaixador do Brasil junto à Ordem. Nosso País, com efeito, é um dos muitos a manter relações diplomáticas com a Ordem Soberana, que é considerada sujeito de direito internacional. Além do Palácio Magistral e de Villa Malta, no Monte Aventino, em Roma, que gozam de extra-territorialidade, a Ordem possui também, com esse mesmo privilégio, o Castelo de Sant'Angelo, na ilha de Malta.
Fra Andrew Bertie coloca a insígnia de Bailio Grã-Cruz de Honra e Devoção em Dom Bertrand. Ao fundo, o embaixador do Brasil junto à Ordem, Oto Maia, e Mário Navarro da Costa
Almoço e ato de piedade na Capela Magistral
.
Após os aperitivos, os convidados foram introduzidos no Salão de Refeições, coberto por valiosíssimas tapeçarias representando os cinco continentes. Ao fim do almoço, o Príncipe e Grão-Mestre Fra Andrew Bertie elevou um brinde aos augustos recipiendários, que foi respondido pelo Príncipe Imperial Dom Bertrand.
Café e licores foram oferecidos, a seguir, no Salão de Cerimônias, após o que Fra Andrew Bertie convidou os príncipes e os membros de seu séqüito a se dirigirem à Capela Magistral para adorar o Santíssimo Sacramento. Com essa elevada nota de piedade católica, encerrou-se a visita dos príncipes do Brasil ao Grão-Mestre da Ordem Soberana de Malta.
No dia seguinte, suas Altezas Imperiais e Reais dirigiram-se a Genazzano para venerar o ícone milagroso de Nossa Senhora do Bom Conselho, objeto de tanta devoção do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. A pedido dos príncipes, celebrou a Missa no altar do milagroso ícone, no rito tridentino, Sua Exa. Revma. Dom Custódio Alvim Pereira, Arcebispo-Emérito de Lourenço Marques e vice-decano dos cônegos da patriarcal Basílica de São Pedro.
Após os aperitivos, os convidados foram introduzidos no Salão de Refeições, coberto por valiosíssimas tapeçarias representando os cinco continentes. Ao fim do almoço, o Príncipe e Grão-Mestre Fra Andrew Bertie elevou um brinde aos augustos recipiendários, que foi respondido pelo Príncipe Imperial Dom Bertrand.
Café e licores foram oferecidos, a seguir, no Salão de Cerimônias, após o que Fra Andrew Bertie convidou os príncipes e os membros de seu séqüito a se dirigirem à Capela Magistral para adorar o Santíssimo Sacramento. Com essa elevada nota de piedade católica, encerrou-se a visita dos príncipes do Brasil ao Grão-Mestre da Ordem Soberana de Malta.
Junto à Virgem do Bom Conselho e homenagem em Roma
No dia seguinte, suas Altezas Imperiais e Reais dirigiram-se a Genazzano para venerar o ícone milagroso de Nossa Senhora do Bom Conselho, objeto de tanta devoção do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. A pedido dos príncipes, celebrou a Missa no altar do milagroso ícone, no rito tridentino, Sua Exa. Revma. Dom Custódio Alvim Pereira, Arcebispo-Emérito de Lourenço Marques e vice-decano dos cônegos da patriarcal Basílica de São Pedro.
Diante do milagroso ícone, Dom Custódio Alvim Pereira ladeado pelos príncipes
No dia 4 de novembro, o Marquês Luigi Coda Nunziante, grande amigo do Brasil, ofereceu almoço em homenagem a Suas Altezas Imperiais e Reais nos magníficos salões do Circolo della Caccia, que ocupa parte do Palácio Borghese. Presidiu a mesa Sua Ema. Revma. o Sr. Cardeal Jorge Medina, até há poucos dias Prefeito da Sagrada Congregação para o Culto Divino.
Além do purpurado chileno, estavam presentes vários membros do Soberano Conselho da Ordem de Malta; o Embaixador do Brasil junto ao Quirinal, Angelo Andrea Matarazzo; o Embaixador dos Estados Unidos junto à Santa Sé, James Nicholson; o vice-presidente do Senado da Itália, Prof. Domenico Fisichella; o Assessor para assuntos internacionais da Presidência do Conselho de Ministros da Itália, Prof. Roberto de Mattei; o Superior Geral do Instituto de Cristo Rei, Mons. Gilles Wach; o diretor do Bureau da TFP em Roma, Juan Miguel Montes; o diretor do Bureau da TFP em Washington, Mario Navarro da Costa; além de distintos membros da nobreza européia.
Além do purpurado chileno, estavam presentes vários membros do Soberano Conselho da Ordem de Malta; o Embaixador do Brasil junto ao Quirinal, Angelo Andrea Matarazzo; o Embaixador dos Estados Unidos junto à Santa Sé, James Nicholson; o vice-presidente do Senado da Itália, Prof. Domenico Fisichella; o Assessor para assuntos internacionais da Presidência do Conselho de Ministros da Itália, Prof. Roberto de Mattei; o Superior Geral do Instituto de Cristo Rei, Mons. Gilles Wach; o diretor do Bureau da TFP em Roma, Juan Miguel Montes; o diretor do Bureau da TFP em Washington, Mario Navarro da Costa; além de distintos membros da nobreza européia.